Blog dos participantes da Oficina Crônicas: entrevistas com o cotidiano do Setor de Literatura da Fundação Cultural de Curitiba - 2010.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sobre o amor ou algo assim (Opus 12)

Meu nobre, naquele tempo o amor me parecia como um conto de fadas. Podia dar certo sem custos. Hoje vejo o amor como algo que nunca se torna total, não se atinge por completo.
Quando temos somos atormentados pelo medo de perdê-lo, e senão temos o medo ainda é maior, de nunca encontrar nosso pólo positivo.
Há diversas formas de amor, e uma única forma de amar é para imbecis. Mas o amor nunca será definitivo, assim como a palavra de Deus. O livre arbítrio é fatal para o amor. Acreditava que era completo como os anjos, mas Lúcifer é a prova que o amor é instável. Anjos não são santos.
O amor é o motivo de viver, e viver é incerteza. O verdadeiro Deus dos seres humanos é o amor. Não possui, e nem possuirá explicações nunca. Apenas existe e deve ser aceito como um milagre, pois é real. Sem amor não vivemos.
O amor pode mudar, basta não saber segurá-lo. Segurar o amor não é prendê-lo, é dar-lhe liberdade, é deixar que respire, é viver com o vento ao rosto.
Ainda assim, sou um imbecil. Ter um amor, só isso. Eu como escritor, e ele como meu leitor.

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