Depois que duas mulheres explodiram no metrô russo, os deputados de lá querem aprovar pena de morte para terroristas. Que os terroristas tropecem em suas pretensões (sic) juntamente com essa ideia brilhante, de uma originalidade do arco daquela velha, a russa que foi pensada com vodka e sopa de repolho, diria Raskolnikoff. Quanta tenacidade desses políticos, hein, irmãos Karamazov. Mandar matar quem quer morrer. Nem um mujique seria tão esperto. Já cogitou? Os políticos institucionalizando a vontade dos lacaios. O fracassado como herói. É condenado e até pode escolher a pena. Como último pedido de vida, ele sorri lascivamente e pede para morrer amarrado a um ônibus em praça pública e com 10 quilos de dinamite. São Petersburgo pelos ares...
Punição para terroristas é pena de vida. Deixem eles vivinhos-da-silva. Uma receita é mantê-los em prisão bem arejada, tudo bem limpinho, alimentando-os bem com kulitch e água gaseificada. Pena de gozar uma vida que vale dois kopeks. E ai-ai do terrorista que não quiser comer. Injete-lhe nas veias uma lasanha, um nhoque, blinis e chá de camomila servido em samovar. Deixe-os bem alimentados. Com suplementos vitamínicos, inclusive. Mantenha a barba e divulgue a imagem deles na mídia como símbolo de bom comportamento. Isso - aos pretensos mártires - os repugnará. Para as mulheres, um pouco do mesmo, dando destaque para as unhas e cabelos soltos.
Puna-os com a vida. Não façam como no Brasil em que os presos mandam mais e estão mais seguros, mais livres e perigosos dentro da cadeia do que expostos às milícias. Eles vivenciam seu cárcere como Graciliano Ramos, como o tal Marcola, que roubou banco “para se entregar a polícia” e depois organizar o PCC.
Interessante isso. Se terrorista quer morrer e bandido quer se preso, um pune-se com a vida e outro com o quê?
Manolo Ramires
bloginparana.wordpress.com
Deliciosa e pertinente crônica, Manolo. Nota 9,9.
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Monica