- Aí que mora a Joaninha?
- Sou eu! Entre e fique à vontade.
Joaninha desfila de lá para cá de salto alto e lingerie vermelha, enquanto finaliza a maquiagem frente ao espelho. De repente, aproxima-se e sussurra para eu a esperar no quarto.
Por que será que o apelido dessa mulher é Joaninha? Imagino que seja pelo bumbum avantajado. Mas... que mulher estranha, move-se igual uma travesti.
E lá vem Joaninha toda espalhafatosa para despertar-me dos pensamentos e tirar-me da letargia:
- Então, meu bem... qual será a posição?
- Posição?
- Sim meu filho! De ladinho, de costas?O que vai ser?
- E vê se escolhe logo, tá! Em seguida, tenho outro cliente com hora marcada, viu!
Que mulher insensível!
Sexo mecânico! Termino, bato as calças, entrego-lhe o dinheiro e sigo para casa onde encontro a minha digníssima esposa deitada na cama ao lado do nosso pequeno. Aproximo-me e a beijo suavemente, ela acorda e esbraveja:
- Vai dormir na sala, aqui não há lugar para você!
Há oito anos ela tornou-se desafetuosa! Na verdade, desde que o nosso filho nasceu é assim: eu bato as calças, coloco as calças, tiro as calças e durmo em minha casa ou em outra casa qualquer, com minha esposa ou qualquer outra, mulher insensível.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
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