Sigo entre os corredores do hospital, passo pelos seguranças e recebo um adesivo de identificação que coloco de modo robótico em meu peito. Continuo a caminhada que finda em um corredor monocromático.
No corredor monocromático existem doze pessoas e cá estou entre elas velando o silêncio.O nosso grupo é dividido em duplas que procuram consolar-se conversando sobre fé em Deus e fazendo orações,porém, alguns optam por isolar-se falando ao celular, lendo os avisos nas paredes,ou, andando de maneira inquieta nessa curta passarela.
Depois de quinze minutos surge um homem de uniforme verde no corredor monocromático, com uma lista ele anuncia o nome dos pacientes e confere o nome dos visitantes. Abrem-se as portas e lá vamos nós aos nossos trinta minutos de encontro com o amor excessivo, com o medo da perda,com a alegria, com a desolação.Trinta minutos de beijos e abraços infindáveis, de lágrimas e segredos nunca revelados.Trinta minutos estrondosos de vida que ecoarão em nossas frágeis estruturas.
domingo, 25 de abril de 2010
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